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TURBINAS DE GEOMETRIA VARIÁVEL (VGT) APLICADAS EM MOTORES DIESEL

turbinas de geometria variável

Conhecer os tipos e entender o principio de funcionamento das turbinas de geometria variáveis aplicadas aos motores diesel leves e pesados.

A turbina de geometria variável (VGT)

 

O turbocompressor de geometria variável consiste em um compressor centrífugo e uma turbina dotada de um dispositivo de lâmina móvel capaz de modificar a direção e a seção de passagem de gases de escape direcionados para o rotor da turbina.

Graças a esta solução, é possível manter alta a velocidade dos gases e da turbina mesmo quando o motor funciona em baixas rotações.

Durante as baixas rotações do motor, temos pouco volume de gás de descarga sendo expelido. Como a energia utilizada para girar a turbina provém dos gases de escape, em baixas rotações a turbina gira devagar o que não proporciona um grande enchimento do compressor.

 

Neste momento, a central pilota o acionamento do atuador da turbina (Turbo VGT), este restringe a passagem dos gases de escape e esta restrição aumenta a velocidade com que o gás toca a pá da turbina (ganha energia cinética) aumentando assim a rotação da turbina em baixas rotações do motor (baixas cargas) o que resulta em mais ar sendo comprimido pelo compressor e admitido pelo motor, este processo proporciona torque mesmo em baixas cargas e auxilia o condutor em situações como arrancar com o caminhão carregado, subida de serra, ultrapassagens, melhora as retomadas, dentre outras.

turbina de geometria variável

figura 1 – turbina de geometria variável

posição da turbina em baixas rotações

Figura 2 – posição da turbina em baixas rotações

 

Nesta condição, as lâminas móveis (1) estão na posição máxima fechada, e as seções reduzidas passagem entre as pás aumenta a velocidade com que os gases de escape atingem o rotor da

turbina. Consequentemente, a velocidade da turbina (2) aumenta e, portanto, a pressão de sobre alimentação.

 

posição da turbina em altas rotações

Figura 3 – posição da turbina em altas rotações

 

Ao aumentar a velocidade de rotação do motor, obtém-se um aumento progressivo na velocidade dos gases de escape. A unidade de controle eletrônico, por meio de um atuador do tipo elétrico ou pneumático, controla a abertura das lâminas móveis (1) orientando-as para que alcancem a posição máxima. Obtém-se assim um aumento nas seções de passagem, cuja consequência é uma desaceleração do ­ fluxo de gases de escape que passam pela turbina (2) com velocidades iguais ou inferiores à condição de regime baixo. A unidade de controle do motor regula a orientação das lâminas móveis, podendo regular a pressão em qualquer situação de superalimentação.

 

Tipos de turbinas VGT

 

As turbinas de geometria variável são gerenciadas pela central de controle do motor que faz a sua gestão por meio de um atuador pneumático ou atuador elétrico.

 

Turbinas com atuador pneumático

 

O comando pneumático serve para regular a quantidade de ar transmitido pela turbina ao eixo do turbocompressor. Ele é alimentado em depressão pelo circuito de vácuo do motor. Um sensor de posição sobre o comando pneumático permite enviar a informação de posição ao módulo do motor. O sensor indica com precisão a posição exata das aletas móveis da turbina.

exemplo turbina com atuador pneumático

figura 4 – exemplo turbina com atuador pneumático

 

O comando pneumático permite mudar a posição do platô de acionamento móvel por meio da biela de comando. A mudança de posição do suporte de acionamento móvel faz pivotar as aletas. A rotação das aletas relativamente ao seu eixo permite:

 

  • A variação da secção de entrada dos gases de escape na turbina de escape.
  • Dirigir com maior precisão os gases de escape na turbina de escape.

aletas da turbina VGT com atuador pneumático

Figura 5 – aletas da turbina VGT com atuador pneumático

 

  1. Tirante de comando das pás móveis da turbina.
  2. Prato de engrenagem móvel.
  3. Aletas móveis.
  4. Retorno das aletas móveis.

 

Eletroválvula de regulagem da pressão de sobre alimentação

Eletroválvula de regulagem da pressão de sobre alimentação

 

 

Figura 6 – eletroválvula pneumática

 

  1. Eletroválvula.
  2. Entrada de depressão.
  3. Saída de depressão.
  4. Entrada de ar.
  5. Conector elétrico.

 

A eletroválvula é do tipo normalmente fechada. Ela permite regular e limitar a depressão de comando na entrada do acionador pneumático da turbina, a partir de vácuo da bomba de vácuo.

O comando da eletroválvula é do tipo RCA (relação cíclica de abertura) e é ligada aos seguintes elementos:

 

  • Pressão atmosférica.
  • Depressão fornecida pela bomba de vácuo.
  • Acionador pneumático da turbina.

 

Turbina VGT com atuador elétrico

 

Turbocompressor de geometria variável (VGT) gerenciado pelo Modulo de controle do motor via controle elétrico e atuador.

Turbina VGT com atuador elétrico

Figura 7 – Turbina VGT com atuador elétrico

 

1 – Motor elétrico com sensor de posição integrado

2 – Compressor

3 – Turbina

4 – Haste da VGT

 

Operação:

 

O sensor (T-MAP) instalado no coletor de admissão mede uma pressão de sobre alimentação em relação ao fluxo de ar que passa pelo coletor.

 

O T-MAP envia esta informação diretamente para o Módulo de Controle do motor. Paralelo a esta medição, uma verificação direta da posição do atuador eletrônico é enviada através do sensor de posição interno.

 

O controle eletrônico do atuador de geometria variável permite maior controle de emissões e otimização do consumo de combustível. Além disso, o tempo de resposta de abertura e fechamento é menor em comparação com o atuador pneumático equivalente.

 

Motor elétrico com sensor de posição integrado – PIN-OUT

motor elétrico com sensor de posição integrado

Figura 8 – motor elétrico com sensor de posição integrado

 

 

1 – Fornecimento de alimentação do atuador de geometria variável

2 – Terra do atuador de geometria variável

3 – Massa do sensor de posição

4 – Sinal do Sensor de posição

5 – Positivo do sensor de posição

 

Esta solução tem várias vantagens:

 

  • A conexão mecânica entre o dispositivo de variação de geometria e o atuador permite ter uma posição definidos mecanicamente, ao contrário do que acontece com os atuadores VGT do tipo pneumático onde a posição do dispositivo de variação de geometria depende do equilíbrio que é criado entre as pressões.

 

  • Em atuadores do tipo pneumático, para ter feedback sobre a posição do atuador, é necessário instalar um sensor de posição, enquanto no atuador E-VGT isso não é necessário, porque possui o sensor integrado.

 

  • Cada vez que o motor é ligado, o atuador faz um curso até atingir o batente mecânico (A); aqui o sistema de controle de posição é zerado e todas as posições subsequentes a serem tomadas pelo atuador são referentes a este ponto.

 

  • Em caso de falha do atuador, há uma mola que mantém as palhetas móveis em uma posição intermediária fixa e permite o funcionamento do motor com desempenho limitado.

 

Exemplo de aplicação motores diesel pesados

 

Em alguns modelos de motores diesel pesados O comando da turbina e o sinal do sensor de posição integrado são enviados e recebidos via rede CAN entre o atuador e a central de controle do motor.

 

 

Turbina VGT com comunicação via CAN

Figura 9 – Turbina VGT com comunicação via CAN

 

 

Sensor de rotações da turbina VGT

 

Algumas aplicações diesel (principalmente pesados) podem utilizar um sensor de rotações da turbina para a central de injeção monitorar a rotação da mesma o que pode ajudar na proteção e controle do sistema.

 

Sensor de rotações da turbina VGT

Figura 10 – Sensor de rotações da turbina VGT

Sensor de rotações indutivo

Figura 11 – Sensor de rotações indutivo

 

É um sensor do tipo indutivo com a finalidade de controlar a rotação máxima da turbina.

Se a rotação ultrapassar o limite máximo, a central de controle do motor detecta falha e em caso de falhas a central limita a atuação do motor elétrico limitando a pressão da turbina protegendo a turbina contra excessos de giro e também o próprio motor.

Muito importante conhecer esse sistema para um correto diagnostico e solução dos problemas relacionados ao sistema de alimentação de ar.

Um bom Scanner e o auxílio de um esquema elétrico são fundamentais para análise de parâmetros e diagnostico preciso desses sistemas.

 Quer saber mais sobre como podemos ajustar? Veja abaixo nosso contato:

Renato França

Consultor técnico e instrutor de formação profissional

Proprietário da Inovar Treinamentos Automotivos

Socio-proprietário da Inovar Centro automotivo

Belo Horizonte – MG

@inovar_cursosautomotivos (instagram)

www.inovartreinamentosautomotivos.com

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